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Clínica Dra. Iara

Parar de fumar é o único tratamento que muda a evolução da DPOC

O tabagismo é de longe o fator de risco mais importante para o desenvolvimento da DPOC. De modos bastante heterogêneos, todos os fumantes vão sofrer uma perda de função pulmonar, mesmo que não apresentem sintomas.

Assim, parar de fumar é a única medida eficaz para alterar a história natural da doença. Outros fatores que provocam a doença, como os genéticos, a hiperreatividade e os ligados ao ambiente também devem ser considerados.

Não se pode esquecer que atualmente o tabagismo é considerado uma doença crônica. O fumo está na mesma categoria da diabetespressão altaobesidadecolesterol alto etc.

Tanto para essas doenças como para o fumo, existem medidas de comportamento, recomendações não medicamentosas e remédios adequados. Além disso, são doenças que permitem períodos bem controlados, mas também recaídas frequentes. Pensando desta forma, o próprio paciente equilibra melhor o peso do tabagismo, ficando mais receptivo ao tratamento.

“Todo paciente que entra no meu consultório, mesmo que por uma dor de cotovelo (física ou sentimental) é questionado sobre o fumo. Também faço essa pergunta aos acompanhantes convidando-os para participar da consulta”.

Se houver resposta positiva, aproveito a deixa e começo a falar sobre parar de fumar antes que o paciente consiga explicar a dor de cotovelo. Esta é a chamada “abordagem mínima”. Muitos estudos já mostraram que essa abordagem é válida e deveria fazer parte da rotina de qualquer médico ou profissional da área de saúde.

Uma segunda situação é aquela em que o paciente apresenta uma queixa respiratória. Muitas vezes, ele está com uma doença aguda e simples, um resfriado ou sinusite, mas com sintomas ruins o suficiente para fazê-lo pensar em parar de fumar. Essa é uma excelente oportunidade para abordar os problemas do tabagismo. Nesta fase, busco motivar meus pacientes a pensar muito no assunto.

Também existe o paciente que procura o consultório preocupado com sua condição de fumante, mas sem querer parar. É aquele que pede a chapa do pulmão para ver “o quanto o cigarro já me afetou”. Esse paciente já está preocupado com o assunto, vai fumar com a consciência pesada e provavelmente vai diminuir a quantidade de cigarros por dia. Muitos desses vão parar de fumar ou pelo menos tentar.

A última situação: “doutor, estou tentando parar de fumar, mas não consigo sozinho”. Este paciente está pronto para ser ajudado. Ele precisa de todo o arsenal disponível e, principalmente, de apoio e paciência para conseguir seu objetivo.

Todos os métodos de abandono do tabagismo visam tratar a abstinência da nicotina. Não existe um medicamento que simplesmente tire a vontade de fumar, ao contrário do que os moderadores de apetite fazem em relação à comida.

O tratamento medicamentoso do tabagismo é baseado na terapia de reposição de nicotina ou no uso de remédios que atuam de maneira a minimizar os efeitos da falta da nicotina. A reposição pode ser feita por meio de adesivos colados na pele ou de gomas de mascar. Existe também a nicotina nasal, ainda não disponível no Brasil.

O medicamento mais usado para o tratamento é a bupropiona (Zyban, Bup®). Ele é seguro, com poucos efeitos colaterais. Entretanto, é contraindicado em pacientes com histórico de convulsões. Outra medicação utilizada para tratar o tabagismo e a vareniclina (Champix®) com resultados positivos em muitos pacientes.
O tratamento medicamentoso deve ser discutido individualmente. Cada pessoa tem um perfil especial de tabagismo. A escolha da melhor opção varia para cada um.

Abordagens comportamentais são importantes como auxiliares do medicamento: terapias em grupo ou individuais, atividades físicas ou hobbies.

Parar de fumar deve ser encarado como um investimento, um benefício e nunca como um castigo. Essa visão torna o caminho mais fácil e os obstáculos menores.  – 51
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